sábado, 29 de junho de 2013

GRAMADO - Eternamente bela

 
Faz muito tempo  que visitei a cidade de Gramado pela primeira vez.
Na época, o encontro foi mágico, até então não conhecia muita coisa fora dos limites da Bahia, e quando me deparei com aquele cenário de novela das seis, fiquei fascinada!
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Muitos anos se passaram e agora, em 2013, passei pela mesma emoção ao ver como a cidade cresceu (de forma organizada), está mais linda e charmosa e o melhor de tudo: não perdeu as suas características.

Dá gosto andar por aquelas avenidas durante a noite sem sentir medo, colocar o pé na faixa e imediatamente os motoristas lhe darem passagem, ser muito bem atendida nas lojas e restaurantes, ser tratada com cordialidade pelos taxistas, enfim, desfrutar o máximo da cidade, contando com a simpatia e gentileza das pessoas que prestam os serviços mais variados. Isso agrega muito valor ao lugar, faz com que o turista volte e a gente fique com muita vontade de ficar mais só um bocadinho.
E ainda tem as  belezas naturais e a arquiterura do lugar. Isso é válido também para a cidade de Canela.

Parabéns à Gramado e Canela, o  tempo passou, as cidades cresceram , mas a gentileza, a cordialidade e a simpatia dos gaúchos  não se perderam no caminho.
 
 
 
Palácio dos Festivais - Onde acontece o Festival
 de Cinema de Gramado


Na night com Xande

 
                                                                  Araucária- muito presente na paisagem,
 é de onde vem o pinhão
 
 
Essa igrejinha é muito linda!
 
Arquitetura diferenciada
 
O  charrme dos bares e restaurantes
 
 
 Rua coberta
 
 
 
Eu e Mona, ai que frio!! 
 
Durante o outono essas arvorezinhas dão um
colorido especial à cidade
 
 
Eu e meu gato no Lago Negro
 
Na deliciosa  companhia de Cecília
 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Felizardo e a loteria


Essa história é do tempo em que  aparelho  celular só era visto em filmes do Agente 007 e internet era uma palavra totalmente desconhecida para a maioria dos mortais.
Lembro-me que o  computador que existia na sede da   empresa que eu trabalhava era uma verdadeira geringonça do tamanho de um armário, e o ambiente onde ele estava instalado, tinha uma refrigeração  especial: além do ar condicionado, vinha  do chão, um vento gelado insuportável, isso garantia o bom funcionamento das máquinas. O espaço era restrito aos funcionários que ali trabalhavam e que por sua vez desfilavam com seus  jalecos brancos parecendo verdadeiros cientistas , era  de lá que eles controlavam todas as agências do Banco espalhadas pelo nordeste.
 
 
E era numa dessas agências, aqui em Salvador que trabalhava o nosso personagem:
Felizardo era aquela sujeito brincalhão,  espirituoso. Possuía  muito senso de humor, era uma figura engraçada! mas como nem tudo é perfeito, tinha um vício incrontrolável pelo jogo do bicho * e loterias. Não  podia ver ninguém comentando que sonhou com um determinado animal, que ele prontamente corria e jogava no bicho. Loteria então! vivia pedindo palpites  a  um e a outro  no intuito de colecionar números da sorte e fazer suas apostas.
 
 
Aproveitando-se da ansiedade exagerada de Felizardo que primava  pela notícia,  um amigo resolveu fazer uma pegadinha.
Como era de praxe, num determinado dia da semana ele ligava cedo  pra uma  Rádio, cujo locutor era seu amigo, e solicitava em primeira mão, os números sorteados da Quina. Nessa época ainda não existia a Sena. O amigo prontamente lhe atendia, e ele ficava sabendo do resultado antes de todo mundo.
 
 
Mas, naquele dia hilário foi diferente: O colega que resolveu fazer a pegadinha e que também era amigo do locutor, copiou os números que Felizardo havia jogado, passou para o amigo da Rádio e pediu que quando o nosso personagem ligasse, ele informasse que os números sorteados foram os que ele havia jogado.  E foi o que aconteceu: a partir do 3º número, Felizardo  não conseguia conter a euforia e começava a gritar pela sala: EU TÔ RICO, no 4º número EU SOU CAGADO DE SORTE! e no 5º  número,  já corria para o  abraço do chefe. A  partir daquele momento, o setor parou. Felizardo não conseguia e nem deixava  ninguém trabalhar mais. Alguns colegas que também não sabiam de nada, ficaram extasiados e correram pro abraço. Foi uma festa de fazer inveja aos que comemoraram o penalti que Bágio perdeu para o Brasil na copa de 94! Felizardo era só carinho e alegria com todos, e contrariando a lógica, o  chefe foi o que mais recebeu   abraço.
 
 
Bem, depois de passada toda a euforia chegou a hora fatídica de contar a verdade. Mas como dizer e estragar um momento de tamanha alegria? Para remorso de quem fez a pegadinha,  Felizardo não quis acreditar que tudo não passara  de uma brincadeira, (que convenhamos, de muito mal gosto), e continuou achando que estava rico. Foram necessárias incontáveis horas de tentativas de convencimento sem sucesso, até que alguém teve a ideia de entrar em contato com a  sua esposa, explicar tudo que acontecera, e ainda assim, somente no dia seguinte ela conseguiu definitivamente, fazer com que ele acreditasse, que foi só uma brincadeira.
 
 
O lado bom da história, é que graças ao senso de humor de Felizardo , a brincadeira foi entendida  e com isso, ele reforçou o prestígio e a  amizade que tinha com os colegas e principalmente com o chefe. Mas não pensem que ele parou por aí não. Continuou fazendo a sua fezinha, alimentando a ilusão de que um dia seria o próximo ganhador da Quina.
  
Rosa D'el Rei
   

Nota:
 
O jogo do bicho é uma bolsa ilegal de apostas em números que representam animais. Foi inventado em 1892 pelo barão João Batista Viana Drummont, fundador do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel, Brasil.
A fase de intensa especulação financeira e jogatina na bolsa de valoreres nos primeiros anos da república brasileira, imprimiu grave crise ao comércio. Para estimular as vendas, os comerciantes instituíram sorteios de brindes. Assim é que, querendo aumentar a frequência popular ao zoológico, o barão decidiu estipular um prêmio em dinheiro ao portador do bilhete de entrada que tivesse a figura do animal do dia, o qual era escolhido entre os 25 animais do zoológico e passava o dia inteiro encoberto com um pano. O pano somente era retirado no final do dia, revelando o animal do dia. Posteriormente, os animais foram associados a séries numéricas da loteria e o jogo passou a ser praticado largamente fora do zoológico, a ponto de transformar a capital da república(de 1889 a 1960) na "capital do jogo do bicho".
Atualmente, o jogo do bicho continua a ser praticado em larga escala nas ruas da principais cidades do Brasil , não obstante ser considerado uma contravenção pela legislação brasileira.

Wikipédia


sexta-feira, 21 de junho de 2013

???? A dúvida é o princípio da sabedoria - já dizia o pensador


Quando criei esse blog, assumi um compromisso comigo mesma de só falar de assuntos amenos e positivos, que pudessem prestar alguma contribuição para melhorar o astral das pessoas, pois notícia ruim  e fatos negativos  nos rondam o tempo todo através das mídias e redes sociais.
Mas diante da pressão que as palavras estão fazendo na minha cabeça e clamando em pular pra  tela branca do computador, resolvi quebrar o acordo e falar um pouco sobre os últimos acontecimentos no país. Tá difícil se omitir. Aliás, parabéns aos  publicitários e homens da mídia que sabem como ninguém usar e abusar da emoção de nós, pobres mortais.


Tudo é muito justo, afinal quem não quer educação, saúde, mobilidade urbana, segurança de melhor qualidade e combate à corrupção? Até os cidadãos de Mônaco querem. O querer não tem limites. É humano, é normal. O movimento pacífico teleguiado que está depredando o patrimônio público e privado quer o caos. A quem interessa o caos?
A classe média é uma abominação política, porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante, profetizou Marilena Chaui muito antes dessas manifestações.

 
Vale  um pouco de honestidade e reflexão da nossa parte. Deveríamos  pegar carona nesse tisunami e aproveitar  a oportunidade para rever os nossos próprios valores: Sabe aquele smart fone de última geração que só falta te levar à lua e que você comprou por uma pechincha?  - Pois é, não foi tão baratinho assim não, saiba que custou vida de alguém. E de onde veio a arma que matou  esse alguém? - Foi da venda daquela droga que você comprou pra sentir o barato da vida, e esse barato lhe fez virar um az no volante, e  trouxe consequências danosas que não precisam aqui serem replicadas,  é fácil  deduzir. E aquele guarda que viu tudo, mas em troca de uns trocados que seu pai ofereceu pra livrar a sua cara,  preferiu fazer de conta que não viu nada!


Na minha cidade existe uma feira, (não vou citar  o nome) onde  se vende de tudo e a maioria de seus produtos são roubados, e sabe porque ela existe?  - Porque não falta compradores.
Tenho certeza que esse tipo de feira  não deve ser" privilégio" só dos baianos, devem existir inúmeras espalhadas pelo país.


E o acidente de Santa Maria! Quem sabe se não tivéssemos o mal hábito de sair sem pagar a conta nesses tipos de estabelecimentos, talvez não houvesse  grades atrapalhando a saída das pessoas numa hora de emergência?
 
 
Já pensou  nos produtos piratas, na cervejinha do guarda, no superfaturamento de obras, nas carteiras de estudante falsificadas, nos juízes e advogados de má conduta, nos furadores de filas, no formol adicionado ao leite, nos  dedos de silicone usados pelos médicos para driblar o equipamento que controla o horário dos funcionários,  no bolsa família que acho justo, mas que um número considerável recebe, sem a mínima necessidade, só porque também  foi contaminado pelo vírus do Gerson?  Por que será que achamos que  temos o direito de levar vantagem em tudo? Será que Freud, se vivo fosse, explicaria?  Como podemos esperar que grande parte dos  políticos que nos representam, sejam melhores do que nós, se eles são reflexo dessa sociedade? O todo precisa ser reciclado, temos tantas qualidades e não podemos deixar que elas se percam no meio desses deslizes.
 
 

E aquele funcionário público que nesse exato momento está com um cartaz voltado pra televisão vociferando contra os corruptos, mas que garantiu a sua vaga alimentando quadrilhas que fazem provas no lugar dos candidatos, em detrimento daqueles que ralaram estudando e que certamente são tachados de otários por  essa escória da sociedade. Pra todo corrupto tem que haver um corruptor, é a lei do retorno.
 
E o cursos universitários, quantos pais já pagaram quantias extrarordinárias por gabaritos de provas de vestibulares de medicina? Quem é o errado? É quem pagou? É quem fez a prova? Ou quem entrou na universidade com um "empurrãzinho"? Como  é contraditória essa nossa sociedade!

E aquele infeliz que parecia um cão enfurecido depredando o prédio histórico da prefeitura de São Paulo? Dizem que  é estudante de arquitetura, que paradoxo!
Bem, parece  que o povo resolveu lavar a roupa suja.  Mas como diz o velho  ditado :"roupa suja se lava em casa", será que essa é  a hora? No momento em que os holofotes estão voltados para o país, devido a Copa das Confederações? Tenho que admitir que nesse aspecto os americanos são mais inteligentes que nós. O país deles  pode estar um caos, mas  aos olhos do mundo, eles são os melhores, é assim que eles se colocam. E fazem muito bem!
 
Sem falar num número elevado de pessoas que estão se qualificando para prestar melhores serviços durante a copa do mundo, afinal somos realizadores  de grandes eventos, o Brasil tem potencial turístico e de negócios imenso,  a Copa passa, mas o conhecimento e  o país ficam. .
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Aproveitando o ritmo das manifestações, também quero me manifestar e  dizer que não  sou contra a construção de  estádios "suntuosos"  como alguns chamam. Precisamos perder esse complexo de bode sujo e achar que conforto, beleza e bem estar são  sinônimos de suntuosidade. Foi necessário a mafiosa Fifa se  impor para que tivéssemos estádios dignos, limpos e sem cheiro de xixi. Por mim ela teria mandado reformar Salvador inteira, esta cidade  nunca esteve tão feia, triste e engarrafada.  A Fifa nos deve essa.
Toma jeito Brasil!
Rosa D'el Rei










quinta-feira, 20 de junho de 2013

SÃO CHICO

Há poucos dias  tive a oportunidade e o grande prazer de conhecer São Francisco de Paula, pequenina cidade serrana gaúcha, apelidada carinhosamente por seus moradores de São Chico.
 
Na realidade, o nosso destino foi Gramado, onde minha filha, eu e meu marido, fomos participar de um Festival de publicidade.
 
Durante o planejamento da viagem, ficamos sabendo que São Chico ficava bem pertinho de Gramado e, como temos sobrinhos queridos que mudaram pra lá recentemente, resolvemos dar uma esticadinha  pra matar as saudades e conhecer o lugar.
 
A nossa passagem por lá foi ultra rápida, mas o suficiente para nos apaixonarmos pela cidade e querer voltar com mais tempo para desvendar as belezas, riquezas e os mistérios de São Chico e de seu povo.
 
A primeira impressão que tivemos não poderia ter sido melhor: diante do frio que nos consumia (pensem o que é baiano no Rio Grande com a temperatura só caindo...), esquentamos o corpo, a  alma e o  coração com o delicioso chocolate quente da  Pastelaria  Água na Boka.

                                                                     Pastelaria Água na Boka

Realmente, o nome é bastante sugestivo, tudo que vimos por lá  foi de dar água na boca mesmo. Tão bom quanto o chocolate quente, foi a maneira atenciosa, educada e muito simpática com que fomos recebidos naquele delicioso espaço.
 
Conhecemos a famosa Festa do Pinhão e pudemos interagir com as pessoas do lugar. Gente triporrêta!
 
 
  Nossa turminha se divertindo na festa do pinhão
 
Fomos também ao Pub Castelli, e comprovamos que requinte e simplicidade, podem andar juntos sim, pois além de bons vinhos e uma cozinha refinada, o aconchego do lugar  e a gentileza no atendimento foram muito marcantes.

                                                     Pub Castelli   imagem do facebook
                                                           
                                                                   Adega do Pub Castelli
 
Adega do Pub Castelli
                                                                         O calor humano que recebemos de Xande e família Sanchez 
 
 O lago São Bernardo, cartão postal da cidade, é simplesmente deslumbrante! Além da beleza, lá  é onde tudo acontece: atividade física, lazer, diversão.  Pena não termos tido tempo de contemplá-lo  com mais calma.
 
                              Lago são Bernardo- Durante a primavera e o outono a paisagem ganha um colorido especial
 
E a livraria Miragem, ave maria! O que é aquilo meu Deus?! O que vimos foi real ou teria sido uma miragem? A arquitetura em madeira e o espaço muito bem cuidado, fazem do ambiente um lugar bastante  acolhedor e especial, dá vontade de passar horas folheando os livros e desvendando os cantinhos, que são muitos.  Além do acervo literário, ainda podemos nos deleitar com objetos de arte, antiguidades e o artesanato local. É tudo de muito bom gosto! E para   não fugir à regra, o atendimento é  impecável, parabéns à sua criadora!


 
interior da livraria Miragem
 
 
Escultura de S. Chico- livraria Miragem
 
 
 
interior da livraria Miragem
 
Nessas andanças descobri que São Chico é uma caixinha de surpresas. Quando a gente pensa que já viu tudo aparece mais alguma coisa para chamar a nossa atenção: foi o caso da Usina da cultura, a revista mensal gratuita que oferece um meio de comunicação cultural com conteúdo informativo variado, inclusive para os turistas que chegam à cidade  sedentos por informações. E o bom de tudo isso é que existe o apoio da população que participa com seus poemas, artigos, dicas de saúde, histórias de viagens... enfim, São Chico não é só terra boa. É  simplesmente surpreendente!
                                                                                                                                         
 
 
Nota: Os sobrinhos queridos, os quais me referi no texto, são os criadores da revista Usina da cultura.
Ah! Quanto orgulho, boa sorte queridíssimos!